terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Doenças cardiovasculares matam 20,5% menos brasileiros.

Estudo do Ministério da Saúde aponta queda de 20,5% nas mortes por doenças cardiovasculares no período de 16 anos, de 1990 a 2006. Principal causa de óbito no país, esse grupo de doenças, que inclui o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), matou cerca de 300 mil pessoas em 2006, quase 30% do total de óbitos registrados. Já as mortes especificamente por doenças cerebrovasculares tiveram uma redução de 30,9% no mesmo período. Houve aumento nos óbitos por diabetes como causa básica, que passaram de 16,3 para 24 por 100 mil habitantes.

Os dados fazem parte do Saúde Brasil 2008, publicação anual da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), que neste ano abrange os 20 anos do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre outros aspectos, o estudo analisa a tendência do risco de morte para doenças crônicas não-transmissíveis no Brasil e seus fatores associados.

O estudo aponta, também, que os jovens de 20 a 39 anos estão morrendo menos por doenças cardiovasculares. Para as mulheres jovens, a queda anual foi de 3,6%, enquanto que para os homens foi de 3,3% ao ano.

De acordo com o diretor do Departamento de Análise de Situação de Saúde da SVS, Otaliba Libânio Neto, a melhora nos resultados se deve ao maior nível de instrução da população, assim como às políticas de prevenção à saúde, como a promoção de alimentação saudável e o estímulo à atividade física. “No que se refere à assistência à saúde, a expansão da atenção básica contribuiu para esse resultado, porque são doenças que podem ser controladas com diagnóstico precoce e informação”, explica Libânio.

A mesma pesquisa aponta que o número de mortes de crianças menores de um ano de idade por diarreia no Brasil caiu 93,9% em 25 anos – passando de 32.704, em 1980, para 1.988, em 2005. Com a redução, o problema deixou de ser a segunda causa de mortalidade infantil (24,3% em 1980) no país e passou para a quarta posição (4,1% em 2005), de um total de seis principais causas. No mesmo período, o número absoluto de mortes infantis caiu 71,3% - de 180.048 para 51.544. Os dados são referentes ao período de 1980 a 2005 e integram o estudo Saúde Brasil 2008, que revela tendência de queda na taxa de mortalidade infantil (TMI) em todo o país.

Ainda, segundo Libânio, essa redução está associada a fatores como a melhoria do nível de educação materna, o trabalho das equipes de Saúde da Família, o maior acesso da população à água tratada, ao saneamento e aos serviços de saúde, entre outros.

Fonte: Ascom MS

Data da Publicação : 25/11/2009

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